19/05/10

Versão 1.2.

Oh fuck
É tudo o que consigo dizer por agora...

Se houvesse um manual da vida, da consciência ou algo equivalente, tentaria procurar a parte em que fala sobre a fase de habituação e o resultado.

Isto não é, nem de longe, um problema. Pelo contrário. Mas nem sei se poderá ser uma preocupação.

Hoje, após uma boas 16h(!) de sono profundo, abri os olhos, olhei à minha volta.
O quarto estava igual.
Eu não. Não me sentia como ontem. E na verdade, não sei se alguma vez me tinha sentido assim.


Levantei-me com uma vontade de não me preocupar com mais ninguém a não ser comigo. Uma ânsia de gostar mais de mim que nos outros dias. Um desejo de despertar aspectos que estão adormecidos. Uma aflição de evoluir o ser que sou. Uma sede de mudar a vida a que estou habituado.
E foi o que fiz. Não dei o crédito que mereço, mas foi um começo. Coloquei de parte o que me pôs da forma em que estive até hoje. Passei o dia com quem me dá valor e senti-me valorizado. Procurei formas de crescer e modificar o que eu acho que tenho de mudar. Wow, sabe bem!


Esta conversa toda apenas para perceber que, após as "senhoras sapatadas" que levamos na vida, existe uma altura em que nos habituamos. Durante este processo, vamos criando e desenvolvendo a nossa consciência. E o resultado é poderoso.


Bolas, sinto que por vezes, demonstramos emoções que são desgastantes a alguém que não as merece. Um desperdício. Pelo menos, da minha parte. E visto que estamos no mundo para aprender algo... convém evitar os mesmos fracassos.
Revendo o passado, o que eu sei que me afectaria e me deitaria abaixo com enorme facilidade, agora tornou-se como que um corte que metes um penso ou uma comichãozinha que tens.




Julgo que seja isto que nos torna fortes e que nos ensina a não cometer o que achamos serem erros. Sinto progressos...

17/05/10

Ver ou não ver?

Hoje quero falar. Falar sobre aquilo que gosto de chamar "ler entrelinhas".

Quem já não passou por uma situação em que te dissessem algo simples e, de alguma forma, subentendesses com mais significado do que realmente tem?


Basicamente, é isto: existe altura alguma em que devemos ler as entrelinhas? Deixando o meu pessimismo falar, nunca tive sorte nessas coisas. Mas apesar de não ter nascido com sorte, tenho alguma intuição, que (felizmente para mim) me deixa com um pé atrás, não me entregando à loucura do impulsivismo.

Desacreditar no Amor e na Felicidade em tempos pareceu-me uma boa solução. Ora, se não existe, porquê preocupar-me sequer? Óbvio que existem, mas também não me escrevem, nem telefonam... E não é porque certamente não quero. Tenho medo. Admito. E é talvez o GRANDE medo que tenho. Tudo é finito, e esses dois não são excepção.
Ainda assim, a minha fraca e pessimista esperança ainda consegue ter forças para acreditar que um dia vêm cá bater à porta. Eu cá espero :)

E agora, um obrigado ao meu cérebro por continuar a ser racional, e perceber que há coisas que são o que são, e não deixar que a emoção se sobreponha, que quer desesperadamente ler coisas que não existem. Apesar de te dizerem que o cego és tu.

Há quem diga que é mau. Há quem diga que não se vive com a mesma intensidade. Há até quem diga que assim nunca vais amar alguém.

Talvez. Talvez...

Por outro lado, não sofro o mesmo que tu.

25/01/10

Relações: Será que vale...?

"As relações não são complicadas. As pessoas é que as complicam". Desde que me lembro que ouço isto dito por amigos mais velhos.

Vejo que o problema é que os "relacionados" querem sempre mais um do outro. Ou pelo menos um deles.
Ainda há o facto de relações longas e que começam nas idades tenras da juventude, resistem (quando acontece) com imensa dificuldade. Conheces amigos novos, a maneira como vês o mundo altera e, com isso, cresces com sonhos e ideais diferentes de há 4 anos atrás.


Mas fico admirado (e admiro mesmo!) como ainda há pessoas que têm força para lutar por uma relação, mesmo após todo o desgaste a que esta esteve submetida.


Há que fazer cedências de ambas as partes e é isso que custa. Uma delas é dar espaço. Não é necessário estar todos os dias. Nem dizer 1515616 vezes por dia que gostas dele/a.


Agora, cabe a cada um ver quando chega ao momento em que, para o próprio bem, é altura de baixar os braços e desistir. Apenas depende de quem quer ver, quem não quer: "O que os olhos não vêem, o coração não sente".


Isto não caracteriza de forma alguma a minha jovem relação. E é isso que gosto "nela".


Editado: Lembrei-me de uns versos de uma música que não podiam aqui faltar.


"A cidade esta deserta
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte
Nas casas, nos carros,
Nas pontes, nas ruas...
Em todo o lado essa palavra repetida ao expoente da loucura
Ora amarga,ora doce
Para nos lembrar que o amor é uma doença
Quando nele julgamos ver a nossa cura
"

Ornatos Violeta * Ouvi Dizer

19/01/10

Men, sabe a batatinhas!

Hoje, e especialmente hoje porque estou inspirado.

E também porque sinto necessidade de o fazer.

Depois do ano de '09 (que foi aquele ano que achei que foi mesmo do best [NOT!]), fiquei com sérias dúvidas em relação a este.
Encontrei algo que não estava à procura mas que me fazia muita falta. E que me faz um bem desgraçado que achei que talvez fosse impossível de me acontecer.

Já nem se respira da mesma forma, não se pensa da mesma maneira. Deixas que um canto especial no teu coração vá amolecendo após a pedra em que se transformou e dás aquilo que tens de melhor. Ou que, pelo menos julgas sê-lo.

Tás-te completamente a lixar para as tuas imperfeições e, caraças, sabe a batatinhas!!!

Ainda relutante em relação a tudo isto, vamos esperar que as coisas aconteçam e que o que escrevi se concretize. Com tempo. E, apesar da paciência não ser uma das minhas virtudes, vou fazer um esforço. Até lá, vamos aproveitando.

28/05/08

Eu (Pretérito MAIS que perfeito)

Hoje ia a falar com a minha amiga Cátia de um tema que de vez em quando, faz-me querer perceber o meu "eu": o que eu era.

Acho absolutamente fantástico o facto de antes ter alguns preconceitos comigo próprio e ser uma pessoa alegre e que falava com todos os conhecidos que tinha.
Agora, se for a ver, tornei-me mais apático, egoísta, anti-social e impaciente. 
Por outro lado, tornei-me mais adulto e mais realista. 
E não me recordo da última vez que me diverti a sério. 
Será isto que me resta? 
Um ser humano de 18 anos fechado em casa, anti-social, egocêntrico, que evita falar com aqueles com quem se divertia e 
que relembra apenas de vivências passadas com os amigos?
Supostamente, não era agora que era a idade da "puta da loucura"? O auge da vida?

Sinto-me como um velho...Reservei-me apenas ao meu canto e nem sequer tenho vontade de lá. Continuo à espera do Verão para me ir bronzear e passar um Verão inesquecível, mas será que quando essa altura chegar, eu vou ter vontade de o fazer?
As minhas conversas baseia-se apenas naquilo que me atormenta o juízo: uma amiga que tento desesperadamente que me ouça e me perdoe, o stress por causa da PAT, o stress de ter que acabar um website, a minha frustração de ser assim
agora, o facto de não conseguir manter o meu quarto arrumado...
E mais um "problemita" ou outro...
Vejo que se baseia tudo em mim... Onde está aquela minha cultura e capacidade que eu tinha para conseguir manter uma conversa minimamente interessante?

Lamento, mas eu hoje tinha MESMO de ser egoísta! Sei que os meus problemas não interessam a ninguém à superficie da Terra, mas se tantos o fazem, porque não posso eu fazer? Afinal, é um país livre.
See ya!

27/05/08

Orgulho

Orgulho. Um sentimento que nos confere auto-confiança e, em demasia, pode afastar aqueles que gostamos e até magoarmo-nos a nós próprios. E tem sido essa palavra que tem vindo a ecoar nos meus pensamentos, nas minhas lembranças. Ultimamente, revelou-se o meu maior inimigo e descobri, da pior maneira, que com outros sentimentos negativos, pode ser criada uma barreira, que a mim me parece impossível de transpôr. Talvez impossível não seja o correcto...sempre ouvi dizer que nada é impossível. Mas o facto de ceder aos meus medos faz com que seja impossível. Pelo menos para mim.
Fui fraco por ter cedido ao que devemos enfrentar...e nem entendo qual é o risco de tentar. Não tenho nada a perder. O meu orgulho? Esse já há muito se foi...Mas e se juntamente foi a coragem?
Ter estado isolado desse mundo que não tenho acesso, também me fez aperceber de muita coisa. A principal é que os impulsos são apenas reacções primitivas que temos resultantes dos nossos sentimentos. Nesse campo, também fui fraco, pois deixei que as coisas se tornassem emocionais e não usei a cabeça. Sei também que desculpas nunca vão ser suficientes para cobrir os meus erros e talvez esse fosse o meu problema: ser perdoado demasiadas vezes por aqueles que me são especiais. Aprender a admitir os erros já é um passo. Um inicio.

Talvez precise mesmo de enfrentar os meus fantasmas para voltar a ter uma parte de mim. Quiçá...daí a necessidade de chamar o meu espírito aventureiro e arriscar!