28/05/08

Eu (Pretérito MAIS que perfeito)

Hoje ia a falar com a minha amiga Cátia de um tema que de vez em quando, faz-me querer perceber o meu "eu": o que eu era.

Acho absolutamente fantástico o facto de antes ter alguns preconceitos comigo próprio e ser uma pessoa alegre e que falava com todos os conhecidos que tinha.
Agora, se for a ver, tornei-me mais apático, egoísta, anti-social e impaciente. 
Por outro lado, tornei-me mais adulto e mais realista. 
E não me recordo da última vez que me diverti a sério. 
Será isto que me resta? 
Um ser humano de 18 anos fechado em casa, anti-social, egocêntrico, que evita falar com aqueles com quem se divertia e 
que relembra apenas de vivências passadas com os amigos?
Supostamente, não era agora que era a idade da "puta da loucura"? O auge da vida?

Sinto-me como um velho...Reservei-me apenas ao meu canto e nem sequer tenho vontade de lá. Continuo à espera do Verão para me ir bronzear e passar um Verão inesquecível, mas será que quando essa altura chegar, eu vou ter vontade de o fazer?
As minhas conversas baseia-se apenas naquilo que me atormenta o juízo: uma amiga que tento desesperadamente que me ouça e me perdoe, o stress por causa da PAT, o stress de ter que acabar um website, a minha frustração de ser assim
agora, o facto de não conseguir manter o meu quarto arrumado...
E mais um "problemita" ou outro...
Vejo que se baseia tudo em mim... Onde está aquela minha cultura e capacidade que eu tinha para conseguir manter uma conversa minimamente interessante?

Lamento, mas eu hoje tinha MESMO de ser egoísta! Sei que os meus problemas não interessam a ninguém à superficie da Terra, mas se tantos o fazem, porque não posso eu fazer? Afinal, é um país livre.
See ya!

27/05/08

Orgulho

Orgulho. Um sentimento que nos confere auto-confiança e, em demasia, pode afastar aqueles que gostamos e até magoarmo-nos a nós próprios. E tem sido essa palavra que tem vindo a ecoar nos meus pensamentos, nas minhas lembranças. Ultimamente, revelou-se o meu maior inimigo e descobri, da pior maneira, que com outros sentimentos negativos, pode ser criada uma barreira, que a mim me parece impossível de transpôr. Talvez impossível não seja o correcto...sempre ouvi dizer que nada é impossível. Mas o facto de ceder aos meus medos faz com que seja impossível. Pelo menos para mim.
Fui fraco por ter cedido ao que devemos enfrentar...e nem entendo qual é o risco de tentar. Não tenho nada a perder. O meu orgulho? Esse já há muito se foi...Mas e se juntamente foi a coragem?
Ter estado isolado desse mundo que não tenho acesso, também me fez aperceber de muita coisa. A principal é que os impulsos são apenas reacções primitivas que temos resultantes dos nossos sentimentos. Nesse campo, também fui fraco, pois deixei que as coisas se tornassem emocionais e não usei a cabeça. Sei também que desculpas nunca vão ser suficientes para cobrir os meus erros e talvez esse fosse o meu problema: ser perdoado demasiadas vezes por aqueles que me são especiais. Aprender a admitir os erros já é um passo. Um inicio.

Talvez precise mesmo de enfrentar os meus fantasmas para voltar a ter uma parte de mim. Quiçá...daí a necessidade de chamar o meu espírito aventureiro e arriscar!